A governança clínica é um conceito que contempla eficiência, sustentabilidade, organização, metodologia apropriada, entre outras estratégias para que todos os processos se desenvolvam em equilíbrio assistencial.
Sendo assim, aplicar medidas efetivas para atingir a excelência nos cuidados clínicos é um dos focos de toda instituição de saúde. Nesse contexto, as organizações que aprimoram a gestão continuamente estão sempre um passo à frente da concorrência e costumam contar com a governança clínica como estratégia.
Você já ouviu falar sobre o conceito? Neste post, separamos tudo que é preciso saber a respeito do sistema, da sua importância, das melhores práticas no ramo e de como aprimorá-lo em seu negócio.
Continue a leitura para descobrir como colocar a sua instituição em um patamar mais elevado! Vamos lá?!
O que é governança clínica?
Trata-se de um sistema no qual as organizações de saúde têm a responsabilidade de buscar a melhoria contínua dos serviços oferecidos, o que garante um elevado padrão de atendimento. Criado pelo National Health System (NHS) — o sistema de saúde britânico —, esse conceito cresceu, espalhou-se por todo o mundo e já está presente, inclusive, no Brasil.
A governança clínica se baseia nas escolhas da estratégias mais adequadas às rotinas em questão, avaliando também os custos dos procedimentos e a qualidade das metodologias empregadas no diagnóstico, na terapêutica e no acompanhamento.
Desenvolvê-la proporcionará aos gestores uma visão panorâmica da instituição, priorizando quais ações devem ser implantadas dentro do binômio “urgência e relevância”.
Qual é a importância para uma boa gestão?
A governança clínica engloba diversos setores de uma clínica ou de um hospital, desde a área de assistência até o administrativo. Essa gestão prioriza o uso de metodologias de monitoramento constante, assim como o treinamento e a orientação das equipes em cada fase do processo.
O objetivo é fazer com que os cuidados oferecidos ao paciente atinjam a excelência em todos os aspectos, sendo vantajoso para o gestor, para os profissionais de saúde e, consequentemente, para os pacientes. Nesse sentido, é importante analisar a implantação de indicadores efetivos e concretos que monitoram questões de segurança dos dados, efetividade e rastreabilidade das atividades, entre outras.
Quais são as melhores práticas de governança clínica?
A governança clínica é definida por alguns pilares, como:
- efetividade da intervenção clínica: a prática clínica deve ser apropriada e seguir evidências de efetividade, ou seja, é preciso considerar a eficiência e a segurança para o paciente e para a sociedade acima de tudo;
- auditoria clínica: o acompanhamento do desempenho clínico por meio de auditorias, com base em indicadores de desempenho e na comparação de resultados, é fundamental ao controle da organização e à melhoria contínua;
- gestão de riscos: o ambiente hospitalar tem alguns riscos inerentes — entre eles, efeitos adversos, erros de medicação e infecções hospitalares. Controlar tais fatores é crucial para a segurança dos pacientes;
- gerenciamento de equipes: motivar pessoas em prol de um propósito é algo desafiador, porém necessário. Por isso, é fundamental elaborar estratégias de padronização das condutas e de monitoramento dos colaboradores;
- comunicação mais eficiente: em um ambiente de saúde, a comunicação é crucial para evitar intepretações equivocadas. Para tanto, é fundamental se ater aos fatos e considerar sempre o que deve ser escrito, como deve ser escrito, para quem se destina, como ocorreu e quais são as especulações em torno dessas informações;
- melhoria contínua: em uma instituição clínica, é necessário sempre prezar pelas condutas cientificamente respaldadas, pela experiência dos profissionais de saúde e dos gestores e também pelos parâmetros econômicos, pois isso tudo reflete na melhoria contínua dos processos;
- elevação nos padrões de atendimento: atualmente, não basta apenas atender bem, é preciso implantar as práticas de humanização, fortalecer o vínculo e buscar novas formas de desenvolver a qualidade de vida dentro do possível.
Como um software pode ajudar na governança clínica?
Embora seja um conceito simples, aplicar a governança clínica exige uma mudança cultural na sua empresa. Por isso, ter a tecnologia como aliada é algo muito importante. A adoção de um software de gestão permite solucionar problemas, como perda de prontuários e administração incorreta de medicamentos, além de auxiliar na gestão de riscos em eventos adversos.
Além dos problemas que afetam a integridade física dos doentes, existem aqueles que impactam a gestão financeira da instituição, como a falta de lançamento de itens na conta hospitalar ou o desperdício de recursos ao longo do tempo. Por isso, é essencial buscar estratégias que otimizam as rotinas, promovem mudanças nas atividades clínicas e trazem soluções para os problemas que causam constantemente riscos aos pacientes.
No setor de imagens, os recursos tecnológicos promovem um fluxo contínuo que garante a qualidade do diagnóstico. Além disso, o histórico de exames dos pacientes é acessado de forma muito mais fácil, o que favorece a comparação com dados anteriores e aumenta a precisão do diagnóstico.
Nesse contexto, é interessante contar com uma plataforma que integre informações clínicas, gerenciais e financeiras para evitar erros em duplicidade ou a falta de inserção de dados pelos colaboradores.
Quais são os cuidados na implementação da governança clínica?
A governança clínica é o ápice de organização dentro de uma instituição e, para chegar a esse patamar, é preciso selecionar as melhores ferramentas, os indicadores mais efetivos e a equipe mais competente. Nesse sentido, os gestores devem avaliar as plataformas informatizadas, buscar referências dos serviços, analisar o custo de implantação e de manutenção, além de assegurar o treinamento dos colaboradores.
Também é interessante buscar indicadores que ajudam no diagnóstico situacional e que mostram a evolução das atividades ao longo do tempo. Vale lembrar, porém, que tudo isso deve ser discutido com toda a equipe.
A governança clínica tem o objetivo de assegurar o elevado padrão de qualidade dos serviços prestados por clínicas e hospitais. Logo, a tecnologia é uma aliada e tanto nesse processo, pois ajuda no controle, na avaliação e no desenvolvimento de práticas que melhoram o atendimento ao paciente e causam uma verdadeira transformação na realidade da saúde.
Gostou de descobrir o que é e qual é a importância da governança clínica? Agora, que tal aprender um pouco mais sobre por que a governança de TI é tão importante para o setor de saúde ? Não perca essa chance!