A radiologia digital é uma tecnologia efetiva para as instituições de saúde, pois proporciona vantagens clínicas e econômicas para os gestores e, consequentemente, para os pacientes.
Sabe-se que o uso de equipamentos antigos em clínicas e hospitais está ficando para trás. Os centros de diagnósticos estão substituindo aparelhos antiquados de radiografia por opções mais modernas, seguras e eficientes.
Nesse cenário, são muitas as vantagens de trabalhar com a radiologia digital, tanto pelas ferramentas quanto pelas técnicas que já dominam o mercado da medicina diagnóstica e facilitam a interpretação das alterações patológicas nos pacientes.
Por isso, neste post, vamos explicar a você o que é a radiologia digital e mostrar os desafios dessa técnica na área médica. Acompanhe conosco e boa leitura!
O que é a radiologia digital?
A radiologia digital é um processo em que os filmes convencionais são substituídos por uma película ultrassensível aos raios-X, que, quando processada por um equipamento moderno de computação, gera resultados de alta resolução.
Esse tipo de exame já está em amplo uso na medicina diagnóstica e traz muitas vantagens, não só para os pontos de atendimento, mas também para o paciente que se submete ao exame radiológico, visto que os resultados são mais precisos e os custos dos exames menores.
Assim, o profissional de saúde consegue distinguir anormalidades mais rapidamente, por meio da distinção precisa das diversas partes do corpo e, assim, chegar a um diagnóstico assertivo.
Além disso, existe a possibilidade de transmissão dos resultados aos médicos solicitantes, o que adiantaria a tomada de decisão clínica para o paciente, que, em muitos casos, é essencial para a sobrevida do indivíduo.
Qual é a diferença para a radiologia convencional?
Nos aparelhos convencionais de raios-X é necessário que o filme seja revelado antes de ser analisado pelo médico. Esse tipo de exame é perigoso, porque não é saudável aplicar radiação diretamente sobre o corpo humano.
A radiologia digital é bem diferente e traz muitos benefícios. Além de os exames serem mais nítidos, com maior densidade e ficarem prontos imediatamente, tanto os pacientes quanto os radiologistas não ficam tão expostos à radiação.
Esse benefício evita a exposição desnecessária, ainda que de poucos minutos, para o paciente e para o profissional de saúde, situações que podem causar danos fisiológicos em longo prazo.
E quais são os desafios da radiologia digital?
Ainda que as vantagens sejam claramente observadas entre a radiologia digital e a convencional, ainda é preciso conscientização, planejamento e recursos financeiros por parte dos gestores, como também divulgação para os pacientes sobre a mudança na tecnologia radiológica.
Por isso, chegamos ao ponto principal deste post. A seguir, você entenderá as dificuldades para a garantia de espaço dessa técnica no dia a dia médico e como esse processo pode ser modificado.
1. Transformação do sistema analógico para o digital
Atualmente, a informatização impulsiona os centros de diagnósticos a realizarem mudanças, um processo que não é simples, pois demanda capacitação, integração de dados cadastrais do paciente com os exames laboratoriais, compilação pelo faturamento, entre outras variáveis significativas.
Esses locais passam por uma fase de transição e armazenamento digital de imagens, deixando de lado a impressão de filmes e se direcionando para a digitalização dos laudos. Assim, não há mais necessidade de papeladas, já que o médico pode fazer o diagnóstico por meio de computador ou dispositivo móvel.
Nesse sentido, apesar dos visíveis avanços operacionais, o desafio é convencer as instituições médicas de que toda essa mudança é necessária para garantir mais eficiência, haja vista a resistência dos gestores sobre essa prática porque não conseguem visualizar a implantação em sua plenitude.
2. Falta de equipamentos modernos
Com a informatização dos sistemas, há a possibilidade de enviar e receber laudos de maneira remota. Dessa forma, os centros de diagnósticos estão dando preferência à remuneração por cada laudo, e não ao pagamento por turno.
Assim, há um aumento da emissão de laudos, que traz a necessidade de equipamentos mais modernos, que possam trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana. Caso contrário, perde-se em agilidade ao emitir os documentos, gerando um aumento das filas e diminuindo os rendimentos.
No entanto, muitos centros ainda não estão equipados com os novos aparelhos, e a mudança de maquinário, além de custosa, pode ser demorada. Por isso, é fundamental adquirir equipamentos mais modernos para se adaptar à nova realidade virtual.
3. Erros em diagnósticos
Embora a radiologia digital esteja permitindo maior flexibilidade e eficácia nos diagnósticos, um desafio bastante comum é conferir mais segurança à emissão de laudos. Isso porque a produtividade é buscada sem critérios específicos.
Ou seja, na busca por agilidade, a pressa pode levar a diagnósticos incorretos, incompletos ou com informações imprecisas sobre os pacientes, além de formatados inadequadamente ao padrão de transmissão.
Dentre as possibilidades de erro mais comuns, estão as trocas de nomes e de outros dados dos pacientes e a entrega de laudos com informações confusas ou não verificadas adequadamente.
Talvez esse problema seja um dos mais complexos para o gestor. Pode ser passível de intervenções médicas em pacientes saudáveis ou falta de condutas naqueles com laudos de diagnóstico patológico.
4. Falta de capacitação profissional
Apesar de ser uma ferramenta simples e autoexplicativa, a radiologia digital incorpora outros conhecimentos que podem não ser uma realidade para os profissionais que trabalham em localidades geográficas mais distantes.
Sendo assim, a implantação da radiologia digital deve ser precedida de uma avaliação da infraestrutura da instituição de saúde, bem como do conhecimento dos profissionais clínicos a respeito de vias de transmissão, armazenamento na nuvem, edição virtual dos laudos etc.
Assim, justificaria a utilidade em alguns lugares, mesmo que com pouca demanda, pois a emissão de laudos seria mais rápida quando acoplada ao software de imagens médicas, desde que o radiologista tenha destreza para executar o método adequadamente.
Além disso, é fundamental treinar os demais usuários quanto à possibilidade de envio de laudos não finalizados, sobre segurança na edição de imagens e comentários e outras funcionalidades que são rastreadas e acompanhadas por meio de senhas individuais.
A radiologia digital trouxe muitas vantagens para a área de diagnósticos, como a otimização dos processos de laudos, devido à excelente qualidade de exames e de imagens e facilidade para transmissão desses resultados. Dentre os avanços significativos, está também o acesso a resultados de forma remota, por meio de dispositivos móveis.
Todavia, sua implantação nos estabelecimentos em saúde ainda enfrenta obstáculos relacionados ao maquinário obsoleto, à dificuldade para transposição ao digital e à má qualidade dos laudos emitidos sem controle. Além disso, a implantação dessa técnica exige uma série de mudanças na área médica, um processo que pode ser bastante desafiador para os profissionais da saúde e os seus gestores.
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